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Lançamento da campanha: Empregos para o Clima

“Empregos com Dignidade para o Clima e a Sociedade” foi uma das exigências dos manifestantes no 1 de maio.

Uma das faixas visíveis nas marchas do Dia Internacional do Trabalhador de 1 de maio mostrou de forma clara que a classe trabalhadora está a tomar a dianteira também em relação à justiça climática. Nos cortejos da CGTP no Porto e Lisboa, e no PrecFest em Lisboa, a campanha “Empregos para o Clima” foi lançada com a participação de trabalhadores e trabalhadoras, e de ativistas pela justiça ambiental.

O lançamento tem também um significado simbólico”, explicou Ana do Climáximo, o grupo de ativismo climático que começou por introduzir a campanha no contexto português. “A crise climática está diretamente ligada ao atual sistema socioeconómico, que também criou e nos fez pagar pela crise económica. Esta campanha propõe uma solução para as duas injustiças, social e climática, ao mesmo tempo. Para triunfar, esta causa precisa de uma participação forte da classe trabalhadora. Por isso escolhemos o 1º de maio para lançar a campanha. É a primeira campanha pelo clima a ser lançada numa marcha trabalhadora.”

A campanha exige a criação de empregos dignos e seguros no setor público, em áreas como a eficiência energética, energias renováveis, e transportes públicos. Estes empregos resultarão num corte direto das emissões de gases causadores do efeito de estufa, assegurando a recolocação de trabalhadores e trabalhadoras de setores poluentes. Ao nível internacional, a campanha existe já em sete outros países e goza de forte apoio sindical, tendo sido discutida em Portugal desde finais de 2015. Uma publicação com dados preliminares foi elaborada pelo Climáximo e os Precários Inflexíveis, sintetizando o contexto nacional da campanha e articulando as linhas principais desta iniciativa.

Em conformidade com o acordo de Paris, onde 195 países acordaram em limitar o aquecimento global a 2°C acima dos níveis pré-industriais, as emissões de gases de efeito de estufa precisam de ser cortadas drasticamente. Neste contexto, Portugal em particular precisa de reduzir as suas emissões em cerca de 60% até 2030. Ao mesmo tempo, o país sofre com elevadas taxas de desemprego e precariedade. Criar estes empregos é imprescindível à resolução das duas emergências: social e planetária.

1º maio no Porto 

 1º de maio no Porto

lisboa04

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